Governistas apontam 2 depoimentos para apurar caso das joias na CPMI
Governistas não desistem de convencer o presidente da CPMI do 8/1, Arthur Maia, de apurar caso das joias com depoimentos na comissão
atualizado
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Os governistas da CPMI do 8 de Janeiro não desistiram de convencer o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), a apurar fatos ligados à tentativa de vender as joias que Jair Bolsonaro (PL) recebeu como presentes oficiais.
Parlamentares da comissão dizem que irão se reunir com Maia e pedir a votação de alguns requerimentos que acreditam ligar os atos antidemocráticos do 8 de janeiro com as joias.
Duas convocações são vistas como uma “porta de entrada” para o tema na comissão. A primeira já foi inclusive aprovada pelo colegiado: a oitiva do sargento Luís Marcos dos Reis, que trabalhava na ajudância de ordens de Bolsonaro.
O nome de Reis aparece em relatório do Coaf movimentando R$ 3,34 milhões entre 1º de fevereiro de 2022 e 8 de maio deste ano, algo incompatível com sua renda. Ele ainda recebeu e repassou recursos para o tenente-coronel Mauro Cid.
A outra convocação é de Osmar Crivelatti, segundo-tenente do Exército e também parte da equipe de Mauro Cid. Ele foi alvo de operação da Polícia Federal, na sexta-feira (11/8), que apura a tentativa de vender presentes oficiais.
Antes mesmo da operação da PF, parlamentares protocolaram seis pedidos de convocação de Crivelatti, para apurar seu suposto envolvimento nos atos antidemocráticos.
A ideia ainda é, após os depoimentos, convencer Maia da importância de se aprofundar no caso das joias. O alvo final é a quebra de sigilo bancário e telemático de Jair Bolsonaro e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.