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Golpistas agora convocam mulheres e crianças para entrarem em quartéis

Em grupos, golpistas convocam mulheres e crianças para irem aos quartéis “assinar” a intervenção e prometem que militares abrirão as portas

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Hugo Barreto/Metrópoles
Agentes da PMDF e Exército desocupam acampamento bolsonarista no QG do Exército, em Brasília. Ao lado direito, percebe-se uma barreira de contenção de militares e ao fundo, vários ônibus levando detidos os terroristas que participaram da destruição da Esplanada - Metrópoles
1 de 1 Agentes da PMDF e Exército desocupam acampamento bolsonarista no QG do Exército, em Brasília. Ao lado direito, percebe-se uma barreira de contenção de militares e ao fundo, vários ônibus levando detidos os terroristas que participaram da destruição da Esplanada - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A prisão de mais de mil bolsonaristas e as ordem do ministro do STF Alexandre de Moares para desmontar os acampamentos nas portas dos quartéis e para bloquear grupos no Telegram não inibiram os golpistas a continuarem se mobilizando para tentar dar um golpe de Estado.

A ordem agora nos grupos de bolsonaristas em Brasília é que mulheres peguem seus filhos e se dirijam aos quartéis para “assinar” a intervenção militar. A promessa, segundo áudios aos quais a coluna teve acesso, é de que os militares abrirão as portas dos QGs para as mulheres entrarem.

A ordem foi dada, por exemplo, no grupo “Tio Patinhas”, criado por bolsonaristas no Telegram nos últimos dias. Embora tenham recorrido a códigos e mensagens cifradas para tentar manter o canal ativo, o grupo já foi derrubado pela direção da rede social nas últimas horas.

“Mulherada, façam um esforço. Sei que muitas trabalham agora de manhã. Mas as que não trabalham, fazer um esforço para ir vestido a caráter, verde e amarelo, lá para o quartel. Levar seus filhos. Nós vamos entrar no quartel a pedido do coronel; eles vão abrir as portas para as mulheres com crianças entrarem. Isso é fonte segura. Vão mesmo. Vão mesmo, por favor, por favor, por favor”, disse uma mulher que se identifica como “Lis.Brasil”, por meio de um áudio enviado no grupo na quarta-feira (11/1).

A mensagem é reitirada por um homem. Em áudio, o golpista argumenta que, durante o golpe militar de 1964, teriam sido as mulheres que foram até os quarteis para “assinar” a intervenção militar. Apesar da convocação, não se tem notícia até agora de que a nova articulação dos golpistas tenha dado certo.

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