Gilmar defende reforma para proibir militar no Ministério da Defesa
Em evento em Paris, ministro do STF Gilmar Mendes defendeu reforma para proibir que militares assumam comando do Ministério da Defesa
atualizado
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Paris — Decano do STF, o ministro Gilmar Mendes defendeu neste sábado (14/10), em Paris, uma reforma para proibir a nomeação de militares para o comando do Ministério da Defesa. Para o magistrado, a pasta só deveria ser chefiada por civis.
“Hoje, se eu fosse discutir uma reforma importante, eu diria, poxa, uma coisa que até obviamente seria elementar: o Ministério da Defesa não poderia ser ocupado por ministro militar. Teria que ser por um civil. Foi a concepção de Fernando Henrique (Cardoso) quando fez a reforma, mas acabou vacilando no processo de se desenvolver”, disse Gilmar durante o I Fórum Esfera Internacional.
Outra “reforma relevante”, citou o ministro do STF, seria definir “o papel das Forças Armadas” dentro do artigo 142º da Constituição Federal. O trecho foi constantemente utilizado por bolsonaristas para defender que os militares teriam um poder moderador no Brasil.
“Relação estranhíssima”
Em sua fala, Gilmar afirmou que o Ministério da Defesa e o TSE estabeleceram uma “relação estranhíssima” durante o governo Jair Bolsonaro, quando o então ministro da pasta passou a enviar questionamentos ao tribunal sobre o sistema eleitoral.
*O colunista viajou a convite do Esfera.