Flertando com Lula por recondução, Aras coleciona críticas de petistas
Aliados e auxiliares de Lula como Alexandre Padilha, Gleisi Hoffmann e Randolfe Rodrigues já criticaram Augusto Aras por sua posição na PGR
atualizado
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Flertando com Lula em busca de sua recondução ao cargo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, coleciona uma série de críticas feitas por petistas ao longo de sua atuação à frente da PGR.
As principais críticas partem do hoje líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). Randolfe chegou a assinar um pedido do PSol pelo impeachment de Aras.
O líder do governo no Congresso teceu críticas ao chefe da PGR especialmente pelas decisões de Aras sobre investigações contra o então presidente Jair Bolsonaro.
“A cada dia que passa no cargo, o sr. Aras envergonha e humilha o Ministério Público brasileiro. Reagir é um dever moral não somente do Senado, mas também dos membros do Parquet, sob pena de assistirem à maior desmoralização desde a Constituição de 1988″, disse Randolfe em fevereiro do ano passado.
Fora da lista tríplice
O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), também já criticou Aras. Sobre a posição ante as investigações contra Bolsonaro, o petista chegou a dizer que Aras “dormia em berço esplêndido”.
Mais do que isso, Padilha ressaltou que Aras não fazia parte da lista tríplice enviada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) à Presidência da República.
“Bolsonaro recomendou Augusto Aras para mais dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República. Qual o problema disso? Aras não estava na lista tríplice que foi elaborada. Bolsonaro atropelou novamente e tenta fazer de nossas instituições públicas seu puxadinho particular”, disse o hoje ministro de Lula.
Outro cacique petista que criticou Aras foi a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ela reclamou de Aras após a revelação que o PGR trocou mensagens com empresários que trocavam mensagens golpistas.
“Troca de mensagens entre empresários e o PGR é muito grave. Aras também é procurador eleitoral e conversava com gente que defendeu o golpe. Que amizade é essa?”, afirmou Gleisi em agosto do ano passado.