Filho de Bolsonaro é citado em relatório da PF junto a padre indiciado
Um dos filhos de Jair Bolsonaro foi mencionado em relatório da Polícia Federal sobre inquérito de golpe ao tratar de padre indiciado
atualizado
Compartilhar notícia
Apenas um dos cinco filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro foi citado pela Polícia Federal no relatório final da corporação sobre o inquérito do golpe: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
No documento, a PF cita uma suposta relação de Eduardo com um dos indiciados pela corporação por ter elaborado a chamada “minuta do golpe”, que suspenderia o resultado da eleição presidencial.
Segundo a PF, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva criou um contato com o nome do deputado em 18 de novembro de 2022, um dia antes de encontrar Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada para tratar da minuta.
“Outro dado relevante, a análise identificou que Jose Eduardo criou um contato como “Eduardo Bolsonaro”, vinculado ao terminal telefônico +5561…., na data de 18/11/2022, ou seja, um dia antes do encontro do investigado, juntamente com Filipe Martins com o então presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada para tratarem da elaboração do decreto”, diz a PF no relatório.
Como mostrou a coluna, o sacerdote está na lista das 37 indiciados no inquérito. Segundo a PF, ele participou de uma reunião no dia 19 de novembro de 2022 com Bolsonaro no qual a minuta do golpe teria sido discutida.
Os outros três filhos homens de Bolsonaro — o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador eleito Jair Renan (PL-SC) — não foram citados diretamente pela PF.
O nome de Flávio é mencionado apenas em uma aspas atribuída ao senador Marcos do Val (Podemos-ES), na qual ele listando o colega entre as autoridades que o ligaram após ele cogitar renunciar ao mandato.