Filha de Cunha recebe homenagem do irmão de citado em caso Marielle
Dani Cunha, filha de Eduardo Cunha, recebeu medalha na Alerj concedida pelo irmão de Domingos Brazão, citado em delação do caso Marielle
atualizado
Compartilhar notícia
Filha de Eduardo Cunha, a deputada federal Dani Cunha (União-RJ) recebeu, nos últimos dias, uma homenagem concedida pelo deputado estadual do Rio de Janeiro Manoel Brazão (União).
O parlamentar é irmão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) apontado em delação como possível mandante da morte da vereadora Marielle Franco (PSol).
Dani Cunha recebeu a medalha Tiradentes, uma das mais altas honrarias concedidas pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Além de Manoel, o requerimento está assinado pelo deputado estadual Vinicius Cozzolino (União)
A cerimônia de entrega da homenagem ocorreu nessa segunda-feira (18/3), um dia antes de o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciar que o STF homologou a delação em que Domingos Brazão é citado.
Eduardo Cunha prestigiou a cerimônia em homenagem à filha, como é possível constatar nos registros do evento publicados pela deputada federal em suas redes sociais.
Relação antiga
Como mostrou a coluna, Cunha tem uma longa relação com a família Brazão. Em mais de uma ocasião, ele registrou sua proximidade com Domingos Brazão nas redes sociais. Ambos se referiam um ano outro como “meu amigo”.
Nas eleições de 2010 e 2014, os dois chegaram a fazer “dobradinha”: Cunha citava Domingos como o seu candidato a deputado estadual, enquanto Domingos dizia que Cunha era o seu candidato a deputado federal.
Delação no caso Marielle
Domingos largou o cargo na Alerj para virar conselheiro o TCE-RJ. Em janeiro de 2024, ele foi citado como possível mandante da morte de Marielle pelo policial militar reformado Ronnie Lessa, cuja delação foi homologada.
Em janeiro, o conselheiro negou ao Metrópoles ter mandado matar a vereadora. Ele disse ainda não temer a investigação e que o uso de seu nome pode ser parte de uma estratégia dos reais autores para proteger alguém.