Exército não afastará militar da ativa alvo de operação no caso Abin
Cúpula do Exército argumenta que mandado de busca e apreensão ainda não é suficiente para afastar subtenente investigado no caso Abin
atualizado
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O comando do Exército não afastará, pelo menos por ora, o subtenente Giancarlo Gomes Rodrigues, um dos alvos da nova fase da operação da Polícia Federal que apura esquema de espionagem ilegal de autoridades pela Abin durante o governo Jair Bolsonaro.
Ex-assessor do então diretor-geral da agência na gestão Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Giancarlo teve sua casa vasculhada pela PF nesta segunda-feira (29/1) em Salvador, onde mora. No local, foram apreendidos celulares e até um notebook da Abin.
O subtentente foi transferido pelo comando do Exército para Salvador em agosto de 2023, tendo se apresentado na cidade no início de setembro. Antes disso, ele estava cedido à Agência Brasileira de Inteligência, órgão onde sua esposa é servidora.
À coluna, fontes do comando do Exécito argumentaram queo fato de o subtenente ter sido alvo de um mandado de busca e apreensão, autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, não seria motivo suficiente para afastar o militar da Força.
A cúpula do Exército também informou que a instituição vai colaborar com as investigações, se demandada, e que afastará Giancarlo caso haja alguma decisão da Justiça neste sentido, como ocorreu com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.