Ex-servidor flagrado “trabalhando” dos Alpes entra para campanha de Bolsonaro
Filiado ao PP, José Medeiros Nicolau, o Zezeco, já recebeu R$ 20 mil para atuar como auxiliar de Jair Bolsonaro na campanha
atualizado
Compartilhar notícia
Flagrado no início do ano em uma temporada de “trabalho remoto” direto dos alpes franceses, o agora ex-servidor do Ministério do Turismo José Medeiros Nicolau entrou para a campanha à reeleição de Jair Bolsonaro.
Mais conhecido como “Zezeco”, Nicolau já recebeu R$ 20 mil para atuar como auxiliar de Bolsonaro na campanha. O montante foi pago com dinheiro público do fundo eleitoral que o PL repassou para o presidente.
Segundo a prestação de contas da campanha de Bolsonaro ao TSE, Zezeco foi pago em 1º de setembro, sete dias após ser exonerado do cargo de secretário-executivo adjunto do Ministério do Turismo.
Em suas redes sociais, ele costuma postar fotos e vídeos ao lado de Bolsonaro durante atos de campanha. Nesta sexta-feira (16/9), por exemplo, acompanhou o presidente em agenda no Paraná. Integrantes da campanha dizem que Zezeco atua como uma espécie de “coringa”.
“Trabalho remoto”
Zezeco é filiado ao PP, sigla comandada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Ele é ex-prefeito de Barra de São Miguel (AL). Ele foi sucedido no cargo por Benedito Lira (PP), pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Em fevereiro deste ano, reportagem do jornal O Globo mostrou que Zezeco estava nos alpes franceses com a namorada enquanto sua agenda no Ministério do Turismo indicava que esteve estava em “despachos internos”.
Na época, o ex-prefeito ainda ocupava uma diretoria da pasta e alegou que estava trabalhando por meio remoto. Dias após a publicação da reportagem, ele foi promovido para secretário-adjunto, com aumento salarial.
À coluna, Zezeca informou que os dias em que inicialmente disse que estava em trabalho remoto foram descontados do salário dele como falta. Ele ressaltou ainda que a viagem aos Alpes Franceses foi bancada do próprio bolso.