Ex-ministro de Temer deve ser 1ª baixa no PL caso Bolsonaro se filie
Maurício Quintella já avisou a Valdemar Costa Neto que não deve permanecer no partido, caso presidente da República entre na sigla
atualizado
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A cúpula do PL já sabe qual será a primeira baixa do partido, caso a filiação do presidente Jair Bolsonaro à sigla se concretize nas próximas semanas.
Presidente da legenda em Alagoas, Maurício Quintella avisou ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que não pretende permanecer no partido como filiado, caso Bolsonaro se filie.
A questão é que Quintella, atualmente secretário de Infraestrutura de Alagoas, não que se afastar do governador do Estado, Renan Filho (MDB), para apoiar Jair Bolsonaro.
“Se Bolsonaro vier, não fico. Estou aguardando o desenrolar do processo, mas essa é uma decisão tomada”, admitiu à coluna Quintella, que é ex-ministro dos Transportes do governo Michel Temer.
“Carta branca”
Na reunião do PL na tarde de quarta-feira (17/11), em Brasília, dirigentes regionais do PL deram “carta branca” a Valdemar para negociar a vinda do presidente da República para legenda.
Isso significa que o presidente nacional poderá negociar eventuais vetos em palanques estaduais de adversários de Bolsonaro. Quintella, que está em viagem ao Canadá, não participou do encontro.
Hoje a bancada do PL em Alagoas tem apenas um parlamentar na Câmara, o deputado federal Sergio Toledo. O parlamentar também tem afinidade com Renan Filho, que deve se lançar ao Senado em 2022.
Segundo participantes da reunião, além de Alagoas, a situação nos diretórios regionais do PL do Piauí, Pernambuco, Bahia e Sergipe são as mais delicadas.
O PL teria de abrir mão de apoios já firmados nos palanques estaduais para evitar estar ao lado de opositores do presidente da República.