Evangélicos veem chance “de ouro” para Lula se reaproximar de igrejas
Parlamentares evangélicos dizem que apoio de Lula à PEC que amplia imunidade tributária de igrejas é oportunidade de reaproximação
atualizado
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A PEC que amplia a imunidade tributária de igrejas e templos de qualquer religião seria uma “chance de ouro” para o presidente Lula se reaproximar dos evangélicos, avaliam lideranças religiosas do Congresso Nacional.
Para esses parlamentares, o eventual apoio do governo à proposta seria um primeiro passo de reaproximação de Lula com as igrejas evangélicas, que já chegaram a apoiar o petista em gestões anteriores.
Com base nessa avaliação, lideranças evangélicas vão sugerir a Lula a realização de um ato em apoio à PEC no Palácio do Planalto, com a presença de pastores, padres e líderes de outras religiões.
Há também quem defenda que, caso a proposta seja aprovada, o presidente da República faça um gesto e compareça à sessão de promulgação da PEC.
Desde a campanha eleitoral de 2022, Lula tem sido aconselhado a buscar reaproximação com evangélicos, sobretudo diante da proximidade dos professantes dessa religião com Jair Bolsonaro.
O alerta no governo aumentou após o ato em defesa do ex-presidente no domingo (25/2), quando a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez um discurso voltado especialmente aos evangélicos.
Tramitação rápida
A PEC da imunidade foi aprovada nesta terça-feira (27/2), em uma comissão especial da Câmara, sem resistência do governo. A proposta proíbe a União de criar novos impostos sobre bens e serviços sobre igrejas.
A perspectiva é que a PEC seja levada rapidamente ao plenário da Câmara. O desejo de lideranças evangélicas é aprovar a PEC na Casa e no Senado antes da Semana Santa, entre 25 e 29 de março.