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Evangélicos e judeus marcam jantar para se contrapor a Lula e à Conib

Para lideranças evangélicas e judaicas, Confederação Israelita no Brasil (Conib) deve ter reação mais enérgica às críticas de Lula a Israel

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Foto colorida mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Lideranças evangélicas e judaicas que fazem oposição ao governo Lula marcaram um jantar em São Paulo para fazer um contraponto às recentes críticas feitas pelo atual presidente da República a Israel.

O encontro está previsto para acontecer no dia 28 de novembro, no apartamento do advogado paulistano Fabio Wajngarten, que é judeu e assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O jantar está sendo articulado por Wajngarten e pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), integrante da Frente Parlamentar Evangélica e um dos políticos mais próximos ao pastor Silas Malafaia.

Além de repudiar as falas de Lula, a ideia do grupo é usar o jantar também como um contraponto à postura da Confederação Israelita do Brasil (Conib) em relação ao governo petista.

Pressão na Conib

À coluna Sóstenes disse que os evangélicos pretendem “pressionar” a Conib a reagir de maneira mais enérgica às críticas de Lula aos israelenses, em meio ao conflito com o grupo terrorista palestino Hamas.

O deputado e Wajngarten consideraram tímida a nota que a confederação rebateu a declaração em que Lula disse que Israel também está “cometendo vários atos de terrorismo”, assim como o Hamas.

Na nota, a Conib afirmou que a fala do presidente da República era “equivocada e perigosa”. Segundo a organização, falas assim “estimulam entre seus muitos seguidores uma visão distorcida e radicalizada do conflito”.

“A nota deles parece até que Israel tem alguma culpa. Eles têm que ir para dentro da fala antissemitista do Lula”, avaliou Sóstenes.

O deputado disse à coluna que diversos pastores evangélicos e lideranças judaicas devem ser convidadas para o jantar, que pode ser antecipado para antes de 28 de novembro.

 “Estou fazendo agora o que fiz em 2014 contra o mesmo PT, que, já naquela época, atacava Israel. O PT e o Lula, assim como fez a Dilma, sempre se colocaram contrários a Israel”, afirmou Wajngarten.

A gota d’água para Lula

Integrantes do governo dizem que a “gota d’água” para a declaração de Lula comparando Israel e Hamas foi o cerco promovido pelos israelenses ao principal hospital de Gaza e a reação “tímida” do Ocidente.

“Os fatos mandam. E o que o governo Netanyahu está fazendo é intolerável”, avaliou à coluna, sob reserva, um influente diplomata do Itamaraty que acompanha o assunto.

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