Eunício se junta a Renan e ataca PEC da Transição: “É para negociar cargos”
Aliado de Lula, Eunício Olivera diz ter consultado especialistas que apontam que o petista pode substituir a PEC por uma medida provisória
atualizado
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Aliado de primeira hora de Lula, o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE) se juntou a outros caciques de seu partido na crítica à chamada PEC da Transição proposta pelo PT.
A proposta de emenda à Constituição abre espaço no Orçamento da União de 2023 para viabilizar o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família de R$ 600, e o aumento real do salário mínimo.
Na avaliação de Eunício, que se elegeu deputado federal este ano, a PEC servirá apenas para o Centrão tentar negociar cargos e a continuidade do “orçamento secreto” com Lula.
“Não precisa de PEC. Essa história de PEC é para poder negociar cargos, negociar “orçamento secreto”, negociar um monte de coisa. Então, acho que Lula tem que ouvir outras pessoas e não inventar essa história de PEC”, afirmou o emedebista.
Medida provisória
O ex-presidente do Senado disse ter consultado a assessoria da Casa e especialistas em Orçamento, os quais o teriam dito que não há necessidade de PEC para Lula abrir viabilizar os programas sociais.
“O Lula pode mandar, no dia 2 (de janeiro), uma medida provisória que resolve o buraco de R$ 200 bilhões que o Bolsonaro está deixando”, explicou Eunício.
“Não tem nada que fazer PEC para oficializar esse orçamento secreto. O Orçamento tem que ser do Congresso, mas tem que ser transparente. E eu vou defender isso com unhas e dentes”, completou.
Renan Calheiros
Com a crítica, o emedebista cearense se junta a caciques do MDB como o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Também aliado de Lula, Renan criticou a PEC da transição nessa quinta-feira (3/11).
No caso do senador alagoano, há também uma questão regional. Em Alagoas, Renan é adversário político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que está negociando a aprovação da PEC com o PT.