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Esposa de líder do CV também esteve no Ministério dos Direitos Humanos

Luciene Barbosa, esposa de um dos líderes do Comando Vermelho (CV), foi recebida por uma coordenadora do Ministério dos Direitos Humanos

atualizado

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Reprodução
Foto da Luciane Dama do Tráfico dentro do Ministério dos Direitos Humanos
1 de 1 Foto da Luciane Dama do Tráfico dentro do Ministério dos Direitos Humanos - Foto: Reprodução

Além do Ministério da Justiça e Seguranca Pública, Luciene Barbosa, esposa de um dos principais líderes do Comando Vermelho (CV) no Amazonas, também teve reunião no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania do governo Lula este ano.

Em maio, ela foi recebida na sede da pasta, em Brasília, pela coordenadora de gabinete da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (SNDH), Érica Meireles. O encontro foi registrado por Luciene nas redes sociais.

Na postagem, Luciene agradece a Érica pelo “acolhimento” à pauta apresentada. Ela foi recebida como presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas, que diz prestar assistência “jurídica” e “social” a presos do estado.

Reprodução de imagem de Luciene Barbosa, esposa do traficante Clemilson dos Santos Farias, com Érica Meireles, do ministério dos Direitos Humanos
Encontro de Luciene Barbosa no Ministério dos Direitos Humanos

Luciene é conhecida como “Dama do Tráfico Amazonense” por ser casada com o traficante Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, um dos líderes do Comando Vermelho no estado. Clemilson está preso desde dezembro de 2022.

Ela já foi condenada por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa e responde em liberdade. Tio Patinhas cumpre sentença de 31 anos de prisão.

Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos disse que o encontro aconteceu no dia 2 de maio e que a coordenadora da pasta “atendeu pessoas que se apresentaram como atuantes na promoção da pauta no sistema carcerário”.

“A SNDH tem atribuições, dentre outras, de temas relacionados à prevenção e combate à tortura, inclusive em estabelecimentos de privação de liberdade. Na reunião, foi apresentado o trabalho da Associação Nacional da Advocacia Criminal e da Associação Instituto Liberdade do Amazonas. O encontro durou cerca de 15 minutos e não houve mais qualquer contato desde então. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania tem por política receber em agenda as pessoas e entidades que demandam reunião e que atuam diretamente com as pautas de sua competência temática”, diz a pasta.

Reuniões no Ministério da Justiça

Conforme revelou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, em um período de três meses, Luciene foi recebida por ao menos quatro integrantes do Ministério da Justiça, sendo dois diretores e dois secretários da pasta.

Em nota, o Ministério da Justiça confirmou que Luciene esteve na pasta, mas informou que ela não foi a requerente dos encontros. Segundo o ministério, ela foi recebida em uma comitiva de pessoas, sem ter sua situação checada previamente.

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