A equipe econômica admitiu, no fim de semana, erro de comunicação ao anunciar o aumento temporário do IOF para bancar a inclusão de novas famílias no Auxílio Brasil, novo programa que substituiu o Bolsa Família.

A avaliação foi a de que o ministério não deixou claro, principalmente ao mercado financeiro, o que seria o verdadeiro objetivo da medida, na visão da equipe econômica: travar o novo Bolsa Família em R$ 300, em 2022.

Segundo fontes da cúpula do Ministério da Economia, essa trava se daria porque o valor do benefício do programa social não pode subir em ano eleitoral, por causa das restrições da legislação brasileira.

Para auxiliares do ministro Paulo Guedes, o anúncio acabou “mal explicado” e abriu margem para rumores de que o governo estaria aumentando carga tributária como uma “medida populista”.

Guedes atuou para desmentir rumores

Ao longo do fim de semana, próprio Guedes atuou para desmentir rumores de que o governo federal manteria o aumento do IOF no próximo ano para financiar o Auxílio Brasil.

A interlocutores o ministro afirmou que o programa será mantido com a arrecadação que será obtida após o Congresso aprovar a volta da taxação de lucros e dividendos.

A medida consta na chamada “reforma do Imposto de Renda”. A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas ainda aguarda votação no Senado.