O presidente Jair Bolsonaro recebeu o empresário paulista Roberto Justus há pouco mais de duas semanas no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em Brasília.

O encontro, que não foi registrado na agenda oficial, aconteceu em 28 de junho, mesmo dia em que o Metrópoles revelou o escândalo de assédio sexual que culminou com a queda de Pedro Guimarães da presidência da Caixa.

Segundo fontes do governo, o tema Caixa não foi abordado. Na reunião, Justus apresentou um relatório com sugestões de estratégias de comunicação para a campanha à reeleição de Bolsonaro.

As sugestões

Entre as ideias sugeridas, o empresário propôs ao presidente que anunciasse numa entrevista que havia se vacinado ou que iria se vacinar contra a Covid-19, o que Bolsonaro diz não ter feito até agora.

Justus também defendeu que o presidente adotasse como discurso eleitoral a necessidade de união de todos os candidatos para superar os problemas e os desafios que o país enfrenta.

O empresário sugeriu ainda que o atual chefe do Palácio do Planalto adotasse um tom conciliador e evitasse responder aos ataques políticos feitos pelo PT e por outros partidos da oposição.

Intermediadores

O encontro entre Bolsonaro e Justus, antecipado pelo SBT News, foi intermediado por Fabio Wajngarten, atual coordenador de comunicação da campanha do presidente, e o empresário bolsonarista Luciano Hang.

Tanto Wajngarten quanto Hang participaram da reunião, assim como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente da República e um dos coordenadores da campanha.