Em reunião com Kassab, senadores resistem a Eduardo Leite no PSD
Parte da bancada no Senado colocou ao presidente do partido que prefere apoiar outro candidato a presidente da República
atualizado
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Nem tudo são flores no caminho do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para se filiar ao PSD e ser o candidato do partido à Presidência da República.
Em uma reunião com o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, na última quarta-feira (9/3), em Brasília, parte dos senadores da sigla apresentou resistência à filiação.
A maioria dos parlamentares que resiste a Eduardo Leite, entre eles, Otto Alencar (PSD-BA), defendeu que o PSD apoie a candidatura do ex-presidente Lula (PT).
“Fiz questão de não participar (da reunião), porque eu tenho um candidato, e ele se chama Lula”, disse à coluna o senador Omar Aziz (PSD-AM), que tentará reeleição ao Senado este ano.
De acordo com Aziz, há também no partido quem defenda apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Esse apoio, afirmou, vem principalmente de alguns deputados federais do PSD.
Kassab é o principal entusiasta de lançar Leite ao Palácio do Planalto pelo partido. O entendimento é de que uma candidatura própria seria um caminho neutro para aplacar essas divergências internas.
Pedido a Kassab
Na reunião de quarta-feira, senadores pediram ao presidente do PSD que não anuncie publicamente a entrada de governador gaúcho no partido, antes de ela ser realmente concretizada.
O temor desses parlamentares é de que o anúncio precipitado prejudique a negociação para filiação de outros nomes ao PSD durante a janela para troca-troca partidário, que acontece de 3 de março a 1º de abril.
O desejo no PSD é de que se Eduardo Leite for mesmo se filiar, que deixe para fazer isso no final de março, quando o fim da janela partidária estará mais próximo.
A reunião com Kassab na quarta contou com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na ocasião, Pacheco comunicou previamente aos colegas que desistira da disputa ao Planalto.