Em negociação com PT, Molon quer critério que atrapalha Márcio França
Alessandro Molon defende que PT e PSB definam pesquisas como critério para escolha de candidatos no Rio, o que atrapalha Márcio França em SP
atualizado
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O PSB está diante de um dilema do “cobertor curto” nas negociações com o PT para a formação de palanques eleitorais em São Paulo e no Rio de Janeiro, os dois maiores colégios eleitorais do Brasil.
Filiado ao PSB, o deputado federal Alessandro Molon propôs aos petistas um critério para escolha dos candidatos da coligação no Rio que atrapalha os planos do seu correligionário Márcio França em São Paulo.
Pré-candidato ao Senado pelo Rio, Molon defende que o desempenho nas pesquisas de intenção de voto seja o fiel da balança na escolha pelo melhor nome da coligação para concorrer ao cargo.
No Estado, o deputado pessebista aparece na frente do atual presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT), que também deseja disputar o Senado pelo Estado.
O problema é que, se o mesmo critério for utilizado em São Paulo, Márcio França teria de abrir mão de sua candidatura ao governo para o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que lidera as pesquisas hoje.
França tenta argumentar justamente que o resultado das pesquisas, faltando dois meses para o início da campanha, não pode ter um peso definitivo para a escolha do candidato ao governo paulista.
O ex-governador do PSB defende critérios políticos nas conversas. Argumenta, por exemplo, que tem maior entrada no eleitorado conservador paulista e que Lula precisa de um palanque em São Paulo com um candidato de centro.
