Em meio à pressão por demissão, Bolsonaro defende Flávia Arruda
Deputados estão pedindo publicamente a demissão da ministra-chefe da Secretaria de Governo por não terem pedidos por emendas atendidos
atualizado
Compartilhar notícia
Em meio à pressão de deputados pela demissão de sua auxiliar, o presidente Jair Bolsonaro saiu, nesta quarta-feira (5/1), em defesa da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. O presidente aproveitou coletiva após receber alta hospitalar em São Paulo para dizer que ela não deixará o cargo.
“Indicação da Flávia Arruda foi minha. Porque eu indiquei, não por ela ser mulher, nem nada, mas pela competência dela. Ninguém ligou para mim. Ninguém pede a cabeça de ministro como pede no passado”, disse Bolsonaro na coletiva.
“Onde a Flávia Arruda está errando? desconheço. Se estiver ruim, eu chamo e converso com ela, ela jamais será demitida pela imprensa”, completou o presidente da República.
Nos últimos dias, parlamentares passaram a cobrar a demissão de Flávia Arruda do ministério. Em especial, o deputado Hugo Motta (PB). Ex-líder do Republicanos na Câmara, ele chegou a fazer a cobrança publicamente.
A coluna apurou que Bolsonaro já havia conversado com a ministra sobre o assunto enquanto ainda estava de férias no litoral de Santa Catarina. Na ocasião, o presidente teria garantido a ela a permanência no cargo.
A estratégia de Flávia Arruda
A defesa de Bolsonaro vem em meio à estratégia de silêncio de Flávia Arruda. Como mostrou a coluna mais cedo, a ministra definiu com seus auxiliares que não vai responder publicamente os deputados.
A avaliação no entorno da ministra é de que não vale a pena ela “esticar a corda”, pois a pressão pela demissão estaria vindo de um único líder que não teria tido uma demanda política “individual” atendida pelo governo.