Em “gesto”, Alcolumbre dá aval para aliado jantar com André Mendonça
Expectativa de aliados do indicado ao STF é de que o senador do DEM marque a sabatina para o Dia do Evangélico, em 30 de novembro
atualizado
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Responsável por empacar a sabatina de André Mendonça no Senado há mais de três meses, Davi Alcolumbre (DEM-AP) deu aval para um aliado de primeira hora jantar com o indicado do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e com outros evangélicos nesta segunda-feira (22/11), em Brasília.
O jantar aconteceu em um restaurante especializado em frutos do mar no Lago Sul, área nobre da capital federal, e reuniu 54 deputados federais, sendo dois de cada unidade da federação, de acordo com relatos de aliados de Mendonça que participaram do encontro.
Entre esses parlamentares, estava o deputado Pedro Dalua (PSC-AP). Do mesmo estado de Alcolumbre, Dalua ficou na suplência nas eleições de 2018, mas assumiu o mandato na Câmara em julho de 2021 graças à articulação política conduzida pelo senador do DEM do Amapá.
Segundo apurou a coluna, Dalua, que é evangélico, fez questão de dizer aos colegas que estava no jantar com autorização de Alcolumbre. Ele também afirmou que “Deus” o fez assumir o mandato na Câmara “na hora certa” e que estava ali para ser o interlocutor do ex-presidente do Senado com o grupo de Mendonça.
A presença e o discurso de Dalua no jantar foram vistos pelos aliados do indicado ao STF como um “gesto de boa vontade” de Alcolumbre, que segura a sabatina de Mendonça no Senado desde 19 de agosto, data em que a indicação chegou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
A expectativa dos parlamentares evangélicos é de que Alcolumbre marque a sabatina na CCJ na próxima terça-feira (30/11), quando se comemora o “Dia do Evangélico”. A data está dentro do esforço concentrado convocado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para próxima semana, para analisar indicações de autoridades no Senado.
Interlocutores de Alcolumbre ouvidos pela coluna informaram, porém, que ele ainda não decidiu a data. Mas admitem que o senador deve tomar uma decisão ainda nesta semana, seja para pautar a sabatina durante o esforço concentrado, seja para anunciar que ela só ocorrerá no próximo ano.
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