Em fusão com DEM, PSL terá a chave do cofre do novo partido
Os dois lados acordaram, porém, um dispositivo no estatuto para tentar equilibrar as forças em futuras decisões partidárias
atualizado
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PSL e DEM realizam na manhã desta quarta-feira (6/10), em Brasília, uma convenção nacional conjunta para confirmar a fusão entre os dois partidos, que dará origem ao “União Brasil”.
Na divisão de espaços, o PSL do deputado Luciano Bivar ficará com a presidência nacional e com a tesouraria da nova legenda, os dois cargos mais importantes de uma estrutura partidária.
Com isso, o grupo de Bivar terá o controle do fundo eleitoral de R$ 896 milhões que a nova sigla terá direito para gastar nas eleições 2022, o maior entre os demais partidos.
O DEM do ex-prefeito ACM Neto, por sua vez, ficará com a secretaria-geral do União Brasil e o comando da fundação da nova sigla, braço teórico do futuro partido.
A expectativa é de que o grupo de Bivar também fique com o comando de mais diretórios estaduais. As direções regionais, porém, só serão definidas após a Justiça Eleitoral homologar a fusão, o que deve demorar até três meses.
Dispositivo de equilíbrio
Embora o PSL tenha ficado com mais “poder” no novo partido, os dois lados decidiram incluir no estatuto do União Brasil um mecanismo para tentar equilibrar forças nas futuras decisões partidárias.
Para aprovar qualquer decisão ou mudança no partido, será preciso apoio de 3/5 (60%) da direção do partido, seja ela nacional, estadual ou municipal.