Em briga com União, Moro também arruma encrenca com cacique do PSD
Após briga com o candidato do União Brasil derrotado em Curitiba, Moro decide criticar o presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD)
atualizado
Compartilhar notícia
Além de brigar com o União Brasil no Paraná, o senador Sergio Moro (União-PR) também está em crise com um dos caciques do PSD no estado, partido do governador paranaense, Ratinho Júnior.
Moro, após trocar farpas com Ney Leprevost (União), candidato derrotado em Curitiba, foi ao plenário do Senado na terça-feira (15/10) e fez um discurso contra o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar Traiano (PSD-PR).
O senador criticou o deputado estadual por manter o comando da Casa Legislativa após ter firmado um acordo de não persecução penal com o Ministério Público, admitindo ter recebido valores indevidos para renovar um contrato na Alep.
“Causa espécie que alguém que confessa, que admite que solicitou suborno, propina, segundo o próprio acordo de não persecução penal por ele celebrado e segundo matérias jornalísticas, que divulgaram não só o acordo, mas o áudio, que alguém que tenha cometido esses atos continue no comando da Assembleia Legislativa do Paraná”, afirmou Moro.
Traiano, aliado do governador Ratinho Júnior, não gostou da acusação e respondeu Moro em suas redes sociais na quarta-feira (16/10). Na resposta, disse que o ataque “parece refletir um momento de frustação pessoal”.
“Seu ataque parece refletir um momento de frustração pessoal, especialmente após o resultado desfavorável de sua esposa, Rosangela Moro, nas recentes eleições em Curitiba, algo já mencionado por outras figuras políticas”, disse.
“Desafio aceito”
Além disso, o deputado estadual desafiou o senador a comparecer a um cartório para apresentar seu certificado de antecedentes criminais, lembrando que Moro responde por calúnia contra o ministro do STF, Gilmar Mendes.
Moro aceitou o desafio e prometeu estar em um cartório em Curitiba nesta sexta-feira (18/10). Ele também desafiou Traiano a mostrar detalhes de seu acordo confessando ter recebido valores para renovação do contrato.
“Desafio aceito. Levo cópia do processo que respondo por ‘calúnia’ contra o ministro Gilmar Mendes no STF e ele leva cópia do processo que respondeu no TJ-PR, com os áudios, acordo e confissão de ter recebido propina de prestadora de serviço da Assembleia. Nada tenho a esconder e a população tem o direito de saber tudo o que tem no processo contra o presidente da Assembleia”, afirmou Moro.