Em 1 mês, governo Lula trocou 3 vezes coordenador de Distrito Yanomami
Governo Lula trocou três vezes o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena – Yanomami só em janeiro, auge da crise na comunidade
atualizado
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Em meio às tentativas para conter a tragédia que atingiu o território indígena Yanomami, o governo Lula trocou três vezes a coordenação do distrito sanitário responsável pelos postos de saúde da comunidade apenas em janeiro.
O chamado Distrito Sanitário Especial Indígena – Yanomami (DSEI-Y) é vinculado à Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Seus coordenadores são nomeados pelo ministro da Saúde.
Em janeiro, a ministra da Saúde de Lula, Nísia Trindade, assinou a nomeação de ao menos três coordenadores para o DSEI-Y. O primeiro deles foi Antonio Pereira de Oliveira, nomeado em 13 de janeiro.
Três dias depois, a ministra exonerou Antonio e nomeou, em 16 de janeiro, Alberto Jorge Lima Othero como novo coordenador. Ele ficou no cargo até 24 de janeiro, quando Leandro Alves Lacerda foi nomeado para o cargo.
Embora tenha sido assinada pela ministra da Saúde em 24 de janeiro, o ato da nomeação de Leandro Lacerda só foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (10/2).
O que diz o ministério
À coluna, o Ministério da Saúde explicou que Antonio e Alberto foram nomeados para coordenar o DSEI-Y ao longo de janeiro apenas de forma interina, para “ajustes de questões internas”.
Eles sucederam no cargo Ernani Sousa Gomes, último coordenador do distrito nomeado pelo governo Bolsonaro e que só foi exonerado pela gestão Lula após a crise no território Yanomami ganhar os holofotes nacionais.
“Desde a dispensa de Ernani Sousa Gomes do cargo de Coordenador do Distrito Sanitário Especial (último coordenador indicado pelo governo Bolsonaro), outros dois coordenadores foram nomeados de maneira interina para ajustes de questões internas”, disse o ministério, em nota.
Outros coordenadores
Ao longo de 2022, o DSEI-Y teve ao menos quatro coordenadores: Francisco Dias Nascimento Filho, Rômulo Pinheiro de Freitas, Ramsés Almeida e Ernani Gomes.
Os três primeiros foram indicados pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e pelo filho dele, o então deputado federal e agora ministro do TCU Jhonatan de Jesus (Republicanos).