Eleição de 2022 repete incerteza sobre 2º turno de 2002, 2006 e 2010
Nas eleições presidenciais de 2002, 2006 e 2010, pesquisas de véspera indicaram líder com cerca de 50% dos votos, mas houve segundo turno
atualizado
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A eleição presidencial de 2022 chega ao primeiro turno neste domingo (2/10) com uma incerteza semelhante a que existia na véspera dos pleitos de 2002, 2006 e 2010: haverá ou não segundo turno?
Assim como na disputa entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), na eleição daqueles anos as pesquisas Datafolha e Ibope (atual Ipec) apontavam o líder com cerca de 50% dos votos válidos.
Há exatos 20 anos, Lula aparecia com 50% das intenções de votos válidos pelo Ibope e com 48% no Datafolha. Seu principal adversário, José Serra (PSDB), tinha 21% e 19%, respectivamente.
Quatro anos depois, quanto tentou reeleição, Lula chegou às vésperas do primeiro turno com uma vantagem menor na liderança, mas ainda beirando os 50% dos votos válidos.
Nas eleições de 2006, o petista aparecia com 49% no Ibope e 50% no Datafolha. Atual candidato a vice de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (então no PSDB) aparecia com 37% e 38%.
Em 2010, Dilma Rousseff (PT) chegou à véspera da eleição com números semelhantes de votos válidos aos de Lula neste ano. A petista tinha 51% de acordo com o Ibope, ante 37% de José Serra. No Datafolha, ela aparecia com 52% e o tucano, com 40%.
Em comum, os três pleitos acabaram não terminando no primeiro turno. Em 2002, Lula teve 46,44%. Quatro anos depois, 48,61%. Dilma, em sua primeira eleição, terminou o primeiro turno com 46,91%.
Em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) conseguiu vencer em primeiro turno, o Datafolha da véspera da eleição indicava o então candidato à reeleição com 55% dos votos válidos.
2022 indefinido
Pesquisas de intenção de voto divulgadas nesse sábado (1/10) mostram o cenário indefinido sobre um possível segundo turno na disputa pela Presidência da República no Brasil.
No Datafolha, Lula apareceu com 50% e Bolsonaro com 36% dos votos válidos. O Ipec, por sua vez, apontou o petista com 51% e o atual presidente da República com 37%.