De olho em uma fatia do eleitorado de Pablo Marçal (PRTB), o governo Lula prepara uma série de ações na área do empreendedorismo. O plano envolve o lançamento de programas e campanhas públicitárias sobre o tema.

Segundo apurou a coluna, a gestão Lula quer aproveitar o “efeito Marçal” para tentar mudar a tese propagada pela oposição de que o governo trabalha para prejudicar os empreendedores, com, por exemplo, o aumento de impostos.

4 imagens

Fechar modal.

1 de 4

O ex-coach Pablo Marçal sugeiu a live

Reprodução

2 de 4

Lula quer fazer ações para o gruoi

Hugo Barreto/Metrópoles

3 de 4

O ministro do Empreendorismo deve viajar por todo o país para lançar programas

Ministério de Portos e Aeroportos/Divulgação

4 de 4

Governo está de olho em eleitorado de Marçal

Ricardo Stuckert/PR

Um das ideias do governo é fazer o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, rodar o Brasil para lançar o Acredita, programa sancionado por Lula em 10 de outubro para fortalecer micro e pequenos empreendedores.

O Acredita inclui iniciativas como o “Desenrola Pequenos Negócios”, de renegociação de dívidas bancárias, e o “Procred 360”, linha de crédito exclusiva para quem fatura até R$ 360 mil por ano.

A intenção é que o ministro visite as principais capitais brasileiras para lançar o programa. Ele também tem sido aconselhado a participar de podcasts famosos direcionados a empreendedores, como o “Flow”.

Campanha na internet e na TV e acenos

Segundo fontes do governo, o próprio Lula teria defendido a realização de uma campanha publicitária para divulgar  as ações do Poder Executivo para os empreendedores brasileiros.

A campanha, que ainda está em fase de elaboração, deve ser feita tanto para a veículos de mídia tradicionais, como a televisão, como para as redes sociais.

Lula também já começou a fazer, pessoalmente, acenos para públicos para empreendedores. Em discurso no dia 18 de outubro, o petista disse que o mundo mudou e que nem todo mundo quer trabalhar com carteira assinada.

“Vocês sabem que o meu mundo é um mundo de fábrica. Eu passei 27 anos dentro de uma fábrica e depois virei dirigente sindical… É importante a gente lembrar que tem uma parte da sociedade que não quer ter carteira profissional assinada. As pessoas querem trabalhar por conta própria, querem ser empreendedoras, montar um comércio”, afirmou o presidente na ocasião.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também fez aceno ao eleitorado ligado ao empreendedorismo durante entrevista na segunda-feira (28/10), um dia após o segundo turno das eleições municipais de 2024.

“O que eu disse é que não dá pra deixar pra trás também quem nos trouxe até aqui. Nós também temos uma quantidade grande de trabalhadores assalariados, de trabalhadores que têm carteira assinada e que também precisam da nossa defesa, como a gente sempre fez. Mas nós precisamos saber como que a gente fala com esse trabalhador que não quer carteira assinada. Ele não quer muitas vezes nem ter direito”, disse Gleisi.

Marçal foi candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2024. Na campanha, o ex-coach direcionou seu parte importante de seu discurso e de suas propostas para microempreendedores.