Eduardo Leite vai renunciar, mas ainda busca o que dizer ao eleitor
Governador gaúcho tenta encontrar melhor discurso para justificar ao povo gaúcho o porquê de estar renunciando ao governo antes da hora
atualizado
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deixou claro a aliados, nos últimos dias, estar decidido a renunciar ao cargo até 2 de abril para disputar a Presidência da República este ano.
A grande questão que tenta resolver é encontrar o melhor discurso para justificar aos eleitores gaúchos o porquê de estar renunciando ao governo antes do final do mandato para o qual foi eleito em 2018.
A solução para esse problema passa necessariamente pela definição partidária de Leite. O governador, como vem mostrando a coluna, tem duas opções: o PSDB, partido ao qual é filiado desde 2001, ou o PSD.
Segundo aliados, Leite tem dúvidas se seus eleitores entenderão ele deixar o governo com o argumento de que ainda tentará convencer o PSDB a trocar João Doria pelo tucano gaúcho como candidato ao Planalto.
Caso se filie ao PSD, a avaliação do governador é de que teria um discurso mais assertivo para o eleitor gaúcho de que estará renunciando ao cargo com um projeto presidencial já definido.
Ao mesmo tempo, porém, Leite teme que a troca de partido reforce a tese já propagada por seus adversários no PSDB de que é um “mau perdedor” das prévias tucanas, quando foi derrotado por Doria.
É com base nessas dúvidas do governador gaúcho que lideranças tucanas apostam que a migração dele para o PSD ainda não está tão certa como a legenda Gilberto Kassab tem dito nos bastidores.
Pessoas próximas ao governador gaúcho dizem que essa dúvida será sanadas por meio de pesquisas de opinião contratadas por Leite e pelas conversas que o governador tem tido com integrantes de sua base aliada no estado.