Dominguetti diz que reverendo “guardou segredos” em depoimento à CPI
Na avaliação do suposto vendedor de vacinas, o religioso Amilton Gomes de Paula foi “confuso e contraditório” na oitiva
atualizado
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O policial militar Luiz Paulo Dominguetti avaliou à coluna que o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula à CPI da Covid-19 do Senado, nessa terça-feira (3/8), foi “confuso e contraditório”.
Para o suposto vendedor de vacinas, Amilton se portou, perante os senadores, como um religioso costuma se comportar em um confessionário: como um “guardião de segredos”.
“Confuso, contraditório e um zeloso e dedicado protetor! Como um reverendo tem que ser no confessionário, guardião de segredos!”, afirmou Dominguetti à coluna, sobre a oitiva.
Questionado que segredos o reverendo não contou no depoimento, o policial militar desconversou e limitou-se a responder: “A verdade está próxima. Vai aparecer em breve”.
Amilton foi apontado pelo PM como o responsável por mediar as conversas da Davatti, empresa que Dominguetti dizia representar, com o Ministério da Saúde para suposta venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca.
Em depoimento à CPI no dia 1º de julho, Dominguetti confirmou denúncia de que o ex-diretor de Logística do ministério Roberto Dias teria pedido propina para viabilizar a venda dessas 400 milhões de vacinas.