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Divulgação da conversa de Bolsonaro e Boris Johnson incomoda Itamaraty

Avaliação foi de que britânicos quiseram “forçar uma posição” mais dura do presidente Jair Bolsonaro em relação à Rússia

atualizado

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Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro acompanhado do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro acompanhado do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson - Foto: Alan Santos/PR

Integrantes da cúpula do Ministério das Relações Exteriores brasileiro ficaram incomodados com a forma com que o Reino Unido divulgou a conversa entre o presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, nessa quinta-feira (4/3).

Segundo apurou a coluna, a reclamação principal de diplomatas do Itamaraty foi em relação ao tom adotado por um porta-voz do gabinete de Boris Johnson, de quem partiu a iniciativa de divulgar primeiro a conversa por telefone entre os dois chefes de governo.

A avaliação foi de que os britânicos quiseram “forçar uma posição” mais dura de Bolsonaro em relação à invasão russa da Ucrânia. Ao divulgar a conversa, o porta-voz britânico afirmou que os dois líderes “concordaram em pedir um urgente cessar-fogo e que a paz deve prevalecer”.

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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo
Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias
Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país
Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk
A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão
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A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na região

Reprodução
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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo

Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias

Foto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images
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Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país

Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk

Foto de Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images
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A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão

Pierre Crom/Getty Images
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Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia

Foto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

Omar Marques/Getty Images
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Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia

Pierre Crom/Getty Images
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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia

Pierre Crom/Getty Images
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Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da Rússia

Getty Images
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Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em Kiev

Chris McGrath/Getty Images
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia

Future Publishing via Getty Images
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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha

Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images
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A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia

Boris Roessler/picture Alliance via Getty Images
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No quarto dia do ataque, foi possível ver fumaça subindo pelos prédios após bombardeios. Além disso, explosões e tiros foram relatados na área em torno da capital do país

Pierre Crom/Getty Images
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Residências de civis foram destruídas e, além da invasão de soldados da Rússia, cidades como Donetsk passaram a ficar sob controle de separatistas pró-russos

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No quinto dia do conflito, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, assinou o contrato de pedido de adesão à União Europeia

Presidência Ucraniana/Agência Anadolu via Getty Images
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Enquanto isso, cidades continuam sendo destruídas. Em diversas regiões, é possível ver prédios em ruína e cenário apocalíptico

Leon Klein/Agência Anadolu via Getty Images
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No sexto dia da invasão, o prédio do governo em Kharkiv foi alvo de um míssil

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
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O gabinete do governador de Kharkiv ficou destruído após o bombardeio

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
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No sétimo dia do conflito, e após prédios serem completamente destruídos em Kharkiv, russos afirmaram ter tomado Kherson

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Enquanto os ataques russos continuam, civis se abrigam em estações de metrô

Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images
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No oitavo dia do conflito, é possível ver o resultado da ocupação de soldados russos em Kharkiv. Prédios e estruturas ficaram completamente destruídos após ataques

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
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Em Lviv, civis construíram barricadas de ferro e armadilhas para bloquear veículos blindados e para ajudar a defender a cidade em meio a ataques russos

Abdullah Tevge/Agência Anadolu via Getty Images

Um dos pontos que mais irritaram membros do Itamaraty foi o fato de o porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido ter mencionado que o Brasil foi um “aliado vital” durante a Segunda Guerra Mundial e que, novamente, a voz do país se mostra crucial para a solução da crise.

Bolsonaro desiste de tuitar

De acordo com fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto, a atitude dos britânicos contrariou o próprio ministro das Relações Exteriores brasileiro, Carlos França. O chanceler teria levado o incômodo a Bolsonaro, que teria concordado com a posição do auxiliar.

Ministros palacianos contaram à coluna que o presidente cogitou tuitar sobre a conversa com Boris Jhonson, considerada pelo brasileiro como “boa”, pelo fato de o primeiro-ministro ter colocado o Brasil como um dos mais importantes nas negociações. Bolsonaro, porém, recuou após a divulgação pelos britânicos.

Até o momento, nem Bolsonaro, nem o Planalto, nem o Itamaraty se pronunciaram oficialmente sobre o telefonema. O governo brasileiro limitou-se a confirmar que a conversa ocorreu entre 14h45 e 15h15 da quinta-feira, horário de Brasília, e a incluir o evento na agenda oficial do presidente.

 

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