O diretor de cinema Josias Teófilo é mais um olavista a comprar briga com o secretário de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Mario Frias, e o secretário de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula.

O motivo são as novas regras para a Lei Rouanet que estipulam um teto de R$ 3 mil para o cachê individual de artistas cujas apresentações sejam financiadas pelo programa previsto pela lei.

Pelo Twitter, Téofilo criticou o valor do teto, considerado por ele baixo, e acusou Mario Frias de usar a secretaria para projetar sua candidatura nas eleições deste ano.

“Eles basearam toda a gestão na cultura numa auditoria, e não a fizeram nem vão fazer. Estão usando o cargo para se candidatar, e inviabilizando o funcionamento das leis de incentivo”, escreveu o cineasta.

Ontem me reuni com uma amiga pianista, produtora de um festival de música clássica que já acontece há 24 anos. Ela tava comentando:
– Como é que eu vou contratar um músico do exterior tendo o limite de 3 mil reais (com a alteração do Mário Frias) por cachê?

— Josias Teófilo (@josiasteofilo) February 11, 2022

Responsável pelo documentário sobre o “guru” bolsonarista Olavo de Carvalho, Teófilo também criticou Frias pela viagem a Nova York ao custo de R$ 39 mil para encontrar com o lutador aposentado Renzo Gracie.

Resposta via Twitter

Assim como foi na briga com os irmãos Weintraub, Frias e Porciuncula responderam pelas redes sociais.

“Sabe como as pessoas pagam os custos de seu empreendimento? Sabe como seu José, que vende hambúrguer aqui na frente de casa, paga seus funcionários?”, questionou o secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura.

Ele não está equivocado, ele sabe muito bem que o cachê para orquestra não é o de três mil. A intenção é desgastar como pode, não à toa tentou me vincular ao nazismo. Fora isto, não deixa de ser esclarecedor que esta turma não saiba como sustentar o próprio empreendimento. https://t.co/K1xfBVTIgq

— MarioFrias (@mfriasoficial) February 11, 2022