Diretor da PF foi exonerado enquanto cumpria agenda em São Paulo
Nos bastidores, fontes do Planalto dizem que decisão de exonerar Paulo Maiurino foi do ministro da Justiça, Anderson Torres
atualizado
Compartilhar notícia
Oficializada nesta sexta-feira (25/2), a troca no comando da Polícia Federal pegou de surpresa alguns integrantes do Ministério da Justiça e até auxiliares próximos do agora ex-diretor-geral Paulo Maiurino.
Ao menos dois integrantes da PF que atuam no gabinete de Maiurino relataram à coluna que só souberam da exoneração do chefe pelo Diário Oficial da União (DOU).
Maiurino está em São Paulo desde o início da semana. Na segunda-feira (21/2), ele fez exames no coração em um hospital da cidade. Seus auxiliares sustentam, porém, que isso não teria relação com a saída dele da chefia da PF.
Integrantes da equipe de Maiurino ressaltaram à coluna que sua exoneração foi publicada no DOU enquanto o delegado cumpria agenda na capital paulista, nesta sexta.
Na quinta-feira (24/2), o agora ex-diretor-geral da PF chegou a participar de uma reunião, em São Paulo, sobre uma força-tarefa relacionada a ataques hackers.
Divergências
Nos bastidores, integrantes do Palácio do Planalto dizem que a decisão de exonerar Maiurino foi do ministro da Justiça, Anderson Torres, que vinha tendo divergências com o delegado.
Maiurino será substituído pelo delegado Marcio Nunes de Oliveira, ex-superintendente da PF no Distrito Federal e que, desde abril de 2021, era o número 2 de Torres no Ministério da Justiça.
Pelas redes sociais, o ministro da Justiça anunciou que Paulo Maiurino será transferido para o comando da Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, a SENAD.