Dino se emociona em discurso na última reunião ministerial do ano
Flávio Dino chegou a embargar a voz durante discurso na reunião ministerial de quarta-feira (20/12), provelmente a última dele no governo
atualizado
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O ministro da Justiça, Flávio Dino, se emocionou durante discurso na reunião ministerial desta quarta-feira (20/12), a última de 2023 e, muito provavelmente, a última dele como integrante do governo Lula.
Dino foi o quinto ministro a discursar na reunião. Em sua fala, segundo relatos, ele fez um balanço de sua gestão à frente do Ministério da Justiça e agradeceu o apoio dos demais integrantes do governo.
Colegas de Dino dizem que ele estava visivelmente emocionado e chegou a embargar a voz em determinado momento da fala. Ao final do discurso, o ministro foi bastante aplaudido.
Antes de Dino, discursaram os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Paulo Pimenta (Secom) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
De acordo com relatos, cada um dos quatro ministros fez um balanço das ações de suas pastas ao longo de 2023 e apontou diretrizes e metas para o ano de 2024.
Antes dos ministros, Lula fez uma fala de abertura. Nela, o presidente elogiou Dino e disse que o ministro ficará no governo até 8 de janeiro, para participar de um ato em alusão ao um ano das invasões golpistas em Brasília.
Dino sairá de férias
Conforme noticiou a coluna, Dino pediu a Lula para tirar férias entre a última semana de dezembro e o início de janeiro. A previsão é de que o ministro volte depois de 5 de janeiro.
O pedido, se atendido formalmente por Lula, fará com que o atual secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, assuma interinamente o comando do Ministério da Justiça durante as férias de Dino.
Na avaliação de aliados de Cappelli, a interinidade será uma nova chance para ele mostrar serviço para Lula, antes de o petista decidir o substituto definitivo de Dino na pasta.
Cotados para suceder Dino
Filiado ao PSB, Cappelli vem se articulando, nos bastidores, para assumir Ministério da Justiça definitivamente. Para pessebistas, ele seria o “sucessor natural” de Dino.
O secretário-executivo da pasta, entretanto, está longe de ser o favorito de Lula. Um dos mais cotados para assumir a pasta hoje é o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.
Também estão no páreo o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, e Wellington César Lima e Silva, secretário especial de Assuntos Jurídicos da Presidência.
Após deixar o governo, em meados de janeiro, Dino retomará seu mandato de Senado, onde ficará até sua posse como ministro do Supremo, marcada para o dia 22 de fevereiro.