Para deputados, destino do PL do Aborto depende da eleição municipal
Caciques do Congresso Nacional avaliam que resultado das eleições influenciará ânimo dos parlamentares para votar ou não PL do Aborto
atualizado
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O destino do PL do Aborto, que criminaliza o procedimento após 22 semanas de gestação, dependerá das eleições municipais de 2024, avaliam lideranças da Câmara dos Deputados.
Na opinião de parlamentares ouvidos pela coluna, o resultado das urnas no pleito de outubro deste ano influenciará o “ânimo” dos deputados para dar ou não andamento ao projeto.
A avaliação é de que, caso prefeitos e vereadores de direita sejam os grandes vencedores da eleição, os congressistas teriam mais disposição em votar a proposta.
Já uma vitória massiva de forças progressistas desestimularia os deputados e senadores a enfrentarem uma forte oposição das ruas e de movimentos populares contra o texto.
Na semana retrasada, a forte oposição na Casa e protestos nas ruas fizeram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixar a discussão sobre o PL do Aborto para o segundo semestre.
Lira acertou com os líderes a criação de uma “comissão representativa” para debater o texto. O presidente da Casa promete que “nenhum direito” das mulheres será revogado.