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Deputados apostam que Lira usará PEC do Senado para fazer gesto ao STF

Oposição pressionará Arthur Lira para votar PEC que limita poderes do STF, mas aliados apostam que ele usará proposta para fazer gesto

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MInistro do STF Luis Roberto Barroso cumprimenta Arthur Lira, presidente Camara, em sessão STF - Metrópoles
1 de 1 MInistro do STF Luis Roberto Barroso cumprimenta Arthur Lira, presidente Camara, em sessão STF - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Com objetivos distintos, deputados da oposição e ministros do STF prometem pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para decidir o futuro da PEC que limita as decisões monocráticas da Corte, aprovada pelo Senado na quarta-feira (22/11).

De um lado, a oposição pressionará Lira a colocar a matéria em votação o mais rapidamente possível. A aposta é que, após o placar da votação da proposta pelos senadores, o presidente da Câmara não terá como segurar a PEC na Casa.

O placar no Senado, avaliam parlamentares da oposição, mostra que a proposta tem apoio de uma ampla gama de partidos e que isso levará os próprios ministros do Supremo a “tirarem o pé” do acelerador, para evitar a aprovação da matéria na Câmara.

A PEC foi aprovada no Senado por 52 votos a 18, mais que os 49 mínimos necessários. Até mesmo o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), divergiu de outros senadores petistas e registrou voto favorável à proposta.

Do outro lado, ministros do Supremo prometem acionar Lira para que a PEC não seja sequer pautada. Em conversas reservadas, integrantes da Corte alertam que, se for à votação na Câmara, a proposta será aprovada pelos deputados.

Lira fará gesto ao STF

Em meio à pressão dos dois lados, aliados de Lira apostam que ele usará a PEC para fazer um “gesto de aproximação” com o Supremo. Sobretudo após ter investigações contra ele anuladas pelo ministro Gilmar Mendes, decano da Corte.

A aposta é que o presidente da Câmara até poderá dar andamento à PEC, enviando a matéria para a CCJ e instalando a comissão especial, mas fará de tudo para a proposta caminhar a passos lentos e acabar não sendo votada.

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