Deputado questiona militares sobre custo da fiscalização das urnas
Marcelo Calero protocolou requerimento ao Ministério da Defesa pedindo detalhamento dos custos para produzir relatório sobre as eleições
atualizado
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Opositor declarado ao governo Bolsonaro, o deputado federal Marcelo Calero (PSD-RJ) questionou o Ministério da Defesa quanto custou a fiscalização do sistema eleitoral brasileiro feita pela pasta este ano.
A cobrança foi feita pelo parlamentar na última quinta-feira (17/11), quando ele protocolou um requerimento pedindo as informações ao ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
No requerimento, Calero questiona os custos, a remuneração dos envolvidos e a cobertura dos serviços que os militares designados para a fiscalização deixaram de realizar.
“O relatório detalha os procedimentos adotados pelas Forças Armadas a partir de plano de trabalho, que apresenta diversas etapas, as quais preveem mobilização de pessoal em todas as regiões do País e despesas com passagens e diárias. Este plano de trabalho, todavia, não apresenta previsão de custos. O relatório também é silente quanto ao valor dispendido pelo ministério na ação de fiscalização”, justifica o deputado.
Militares x TSE
O relatório dos militares sobre as urnas eletrônicas foi o mais recente capítulo na queda de braço entre o Ministério da Defesa de Jair Bolsonaro e Tribunal Superior Eleitoral.
Divulgado no último dia 9 de novembro, o relatório não apontou nenhuma evidência de fraude no pleito vencido por Lula contra Bolsonaro, no dia 31 de outubro.
Entretanto, os militares divulgaram posteriormente uma nota dizendo que o documento teria sido “distorcido” e afirmando que há “possibilidade” de alterações na votação.