Deputado questiona Itamaraty por pressão contra observadores europeus
Por pressão do governo, TSE retirou convite para União Europeia enviar observadores durante as eleições marcadas para outubro
atualizado
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O deputado Marcelo Calero (PSD-RJ) quer saber o motivo por que o governo brasileiro é contrário à presença de observadores da União Europeia nas eleições deste ano.
O parlamentar, que é ex-ministro da Cultura do governo Temer, protocolou nessa quarta-feira (11/5) requerimento de informação ao ministro das Relações Exteriores, Carlos França. Na peça, constam questionamentos sobre a posição contrária do governo federal à realização da missão exploratória.
Em nota do Itamaraty divulgada à imprensa no dia 13 de abril, o ministério afirma “não ser tradição do Brasil” ser avaliado por “organização da qual não faz parte”.
Dentre as perguntas enviadas, Calero quer saber o motivo da posição do governo federal, tendo em vista que o presidente Jair Bolsonaro (PL) questiona a lisura das urnas eletrônicas.
“O governo federal, todavia, tem questionado sistematicamente a lisura do processo eleitoral brasileiro, o que nos faz crer que quanto maior a quantidade de auditores independentes das eleições brasileiras, mais ampliada seria a legitimidade do pleito, o que justificaria a opção por auditores externos não tradicionais”, justifica Calero.
Diante da postura do governo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retirou na última semana o convite para a vinda de observadores europeus durante as eleições.