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Deputado vê lobby “desonesto” de montadoras na reforma tributária

Montadoras sulistas têm feito lobby para excluir da reforma tributária trecho que prorroga incentivos fiscais a montadoras do Norte Nordeste

atualizado

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Bill Pugliano/Getty Images
Imagem de fábrica da Ford nos Estados Unidos, com carros enfileirados - Metrópoles
1 de 1 Imagem de fábrica da Ford nos Estados Unidos, com carros enfileirados - Metrópoles - Foto: Bill Pugliano/Getty Images

O “lobby” das montadoras do Sul e Sudeste contra a prorrogação de incentivos fiscais às montadoras no Norte, Nordeste e Centro-oeste irritou parlamentares nordestinos.

A disputa acontece nos bastidores do Congresso Nacional durante as negociações para a votação da PEC da reforma tributária, que prevê a prorrogação desses incetivos até 2032.

Alegando “falta de isonomia”, representantes das montadoras sulistas têm procurado parlamentares desses regiões para tentar excluir o benefício do texto da reforma.

Deputados das regiões beneficiadas, por sua vez, reagiram e passaram a chamar o movimento de “desonesto”. O grupo também procurou o relator da PEC na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para defender os incetivos.

Embora seja nordestino, Aguinaldo Ribeiro sinalizou aos colegas deputados que a disputa entre montadoras será decidida pelo plenário, uma vez que não há consenso entre as lideranças da Casa.

“A não prorrogação dos incentivos vai atrapalhar projetos em andamento, retirar empregos e empreendimentos que buscam corrigir a dissonância econômica entre as regiões do Brasil. É desonesto esse lobby que está sendo realizado pelos corredores e gabinetes do Congresso”,  afirmou à coluna o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE).

Entenda a briga das montadoras

A prorrogação de incentivos fiscais a montadoras do Norte, Nordeste e Centro-oeste é um dos principais imbróglios nas negociações para votação da reforma tributária no Congresso.

Inicialmente, os benefícios seriam prorrogados apenas para a produção de veículos elétricos. Entretanto, o Senado incluiu na proposta a produção de carros flex, o que irritou montadoras do Sul e Sudeste.

Em 8 de novembro, General Motors (GM), Toyota e Volkswagen escreveram uma carta pública pedindo a exclusão do texto da PEC dos trecos que beneficiariam as concorrentes de outras regiões.

Em 7 de dezembro, montadoras que possuem plantas na região Nordeste responderam a ofensiva também com uma carta pública. Nela, defendem a manutenção dos benefícios fiscais como forma de estimular o crescimento.

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