Deputado quer que concursos públicos tenham regras para calamidade
Deputado apresentou projeto de lei para que editais de concursos públicos prevejam adiamento das provas em caso de desastres naturais
atualizado
Compartilhar notícia
Aliado governo Lula na Câmara, o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE) apresentou um projeto de lei para obrigar editais de concursos públicos a preverem o adiamento das provas em razão de desastres naturais, como o que ocorreu nos últimos dias no Rio Grande do Sul.
A proposta do parlamentar altera a lei 8.112/1990, que trata do regime jurídicos de servidores públicos. Ela inclui na lei um artigo que prevê que novos editais de concursos terão de prever, obrigatoriamente, a possibilidade de adiamento das provas caso o poder público decrete estado de calamidade.
“Estamos diante de medida de grande alcance social e de economia para administração pública, pois resguarda a participação dos candidatos impossibilitados pela ocorrência de desastres naturais com a reaplicação, assim como resguarda a então maioria dos candidatos que adiado o certame poderão readequar os custos logísticos relativos à nova data de aplicação das provas”, justifica o parlamentar no projeto.
Concurso adiado
A proposta foi protocolada por Gadêlha na sexta-feira (3/5), mesmo dia em que o governo federal anunciou o adiamento do Concurso Nacional Unificado (CNU) em razão das chuvas no Rio Grande do Sul. As provas aconteceria no domingo (5/5). A nova data para a aplicação ainda não foi anunciada.
“Em razão da calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data será anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional”, diz nota oficial do governo.
Segundo fontes do Planalto, um dos fatores que mais pesou na decisão do governo de adiar a aplicação das provas do CNU foi o risco de judicialização. O governo estima que o adiamentodo concurso unificado deve provocar um custo extra de R$ 50 milhões aos cofres públicos.