Ida de deputado do PSD a ato de Bolsonaro surpreende ministros de Lula
Presença do deputado evangélico próximo ao governo Lula em ato de Jair Bolsonaro surpreendeu ministros do atual presidente da República
atualizado
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A ida do deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP) ao ato em desagravo a Jair Bolsonaro, no domingo (25/2), na Avenida Paulista, surpreendeu negativamente ministros do governo Lula.
Auxiliares do petista argumentam que, embora fosse aliado de Bolsonaro no governo anterior, Cezinha se aproximou da gestão Lula e, inclusive, costuma ser recebido por ministros no Palácio do Planalto.
Ministros do atual governo lembram, por exemplo, que Cezinha participou com aliados de Lula, em dezembro, da confraternização do Prerrogativas, grupo de advogados progressistas aliados do gestão petista.
Auxiliares próximos de Lula dizem que Cezinha teria dito na semana passada, nos bastidores, que não iria à manifestação. O PSD, partido do parlamentar, comanda três ministérios no atual governo.
O deputado, porém, acabou indo ao ato e registrou sua presença nas redes sociais. Em uma das fotos, por exemplo, aparece ao lado do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
Segundo os organizadores, Cezinha não se inscreveu para subir nos trios elétricos como os demais parlamentares. O deputado, conforme registros, ficou na avenida junto aos demais manifestantes.
Outro lado
À coluna Cezinha, que é da bancada evangélica, afirmou que “sempre” pregou a paz no Brasil, que não compartilha da intolerância e que foi ao ato porque os evangélicos estão “muito tristes” com a posição de Lula sobre Israel.
“Sempre preguei a paz no nosso país, não compartilho de intolerância, mas o povo evangélico está muito triste com o posicionamento do presidente da República com relação a Israel. O meu povo me cobra sobre posicionamento do presidente”, disse o deputado.