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Deputado aliado de Bolsonaro volta a criticar TSE e delegada da PF

Deputado Filipe Barros (PSL-PR) especula suposta “intenção” de membros do TSE em manter informações sobre ataque hacker à Corte sob sigilo

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Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Filipe Barros – Cleia Viana – Câmara dos Deputados
1 de 1 Filipe Barros – Cleia Viana – Câmara dos Deputados - Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Investigado no inquérito que apura vazamento, pelo presidente Jair Bolsonaro, de dados supostamente sigilosos de uma investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) voltou a fazer críticas à Corte e a integrantes da Polícia Federal nesta segunda-feira (31/1).

Dias após vir à tona um relatório da PF acusando Barros de ter sido o responsável por vazar as informações a Bolsonaro, o parlamentar divulgou uma carta rebatendo a afirmação de que o presidente tenha divulgado dados sigilosos de um inquérito que investiga ataques hackers à Corte eleitoral.

Na nota, o deputado especula sobre supostos “interesses” em manter os dados de forma sigilosa. Ele diz que a delegada da PF Denisse Ribeiro, responsável por investigar o vazamento, não tem “conhecimento técnico da área de computação” e que foi “escolhida a dedo pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF.

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles

“Pergunto: o sigilo agora interessa a quem? Sigilo para que o povo brasileiro — o titular do poder, segundo nossa Constituição Federal — não saiba que tampouco a PF e o TSE conseguiram descobrir um ataque hacker nos sistemas da Justiça Eleitoral, durante todo o ano de 2018, ano das últimas eleições gerais? Por que um inquérito, que diz respeito à democracia brasileira, deve correr em sigilo passados 4 anos dos fatos sem ter chegado a nenhuma conclusão”, diz Barros.

Na carta, o parlamentar diz ainda ter recebido as informações por meio de um requerimento feito por ele à PF. Ele também reiterou o argumento da Advocacia-Geral da União (AGU) de que o sigilo dos documentos só foi decretado após ele receber as informações e compartilhar com Bolsonaro e outros deputados.

“O delegado da PF responsável pelo caso da invasão hacker ao TSE em 2018 (ano eleitoral) respondeu oficialmente compartilhando a íntegra do inquérito, sem nenhuma restrição” afirma Barros. “Portanto, não havia sigilo algum no inquérito policial encaminhado à Câmara dos Deputados, como quis desinformar a delegada da PF Denisse Ribeiro – delegada da Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais e Patrimônio Histórico (sic), escolhida a dedo pelo ministro do STF/TSE”, diz o deputado.

Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Jair Bolsonaro prestasse depoimento presencialmente à PF sobre a divulgação dos dados. O presidente não compareceu, sob o argumento da Advocacia-Geral da União de que ele não teria essa obrigação, por ser investigado.

Barros foi o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tentava implementar o voto impresso no Brasil. O parlamentar participou da transmissão nas redes sociais, em 2021, na qual o presidente da República divulgou relatório com dados supostamente sigilosos da investigação do TSE.

Após os atos de 7 de setembro, Bolsonaro recuou nas críticas ao uso das urnas eletrônicas nas eleições deste ano. Depois de reiterados ataques e até mesmo ameaças de que a eleição não aconteceria, o presidente chegou a dizer que seria “quase impossível” ter fraudes nas urnas.

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