Depoimento na CPI provoca “caça às bruxas” no Ministério da Economia
Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco Filho foi ouvido pela comissão nesta quarta-feira (9/6)
atualizado
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O depoimento de Antônio Élcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, à CPI da Covid, nesta quarta-feira (9/6), provocou uma verdadeira “caça às bruxas” no Ministério da Economia.
Em sua fala, Franco afirmou que o governo federal não incluiu, em uma Medida Provisória, cláusulas que permitiriam a compra de doses da Pfizer ainda em 2020 porque a equipe econômica não teria concordado.
“Houve falta de consenso entre as jurídicas dos ministérios. Nesse caso, o da Economia. O Ministério da Economia não participou desse consenso. Foi ele que discordava dessa situação com relação a essas cláusulas”, disse Franco.
Após a declaração na CPI, integrantes da equipe econômica passaram a tarde tentando identificar quem teria sido o membro da área jurídica da pasta responsável por emitir a posição contrária às cláusulas.
O temor no Ministério da Economia é de que a culpa acabe recaindo sobre o ministro Paulo Guedes. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), inclusive, já sugeriu convocar Guedes para falar sobre o tema.