Denúncia de assédio de Silvio Almeida contra Anielle já circulava no governo Lula
Ministros de Lula ouvidos pela coluna admitem já ter ouvido relatos de suposto assédio sexual de Silvio Almeida contra Anielle Franco
atualizado
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A denúncia de supostos episódios de assédio sexual do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, já circulava há meses entre outros integrantes do primeiro escalão do governo Lula.
A coluna conversou, nesta quinta-feira (5/9), com pelo menos quatro ministros do governo e auxiliares diretos de Lula, e todos afirmaram que já tinham ouvido relatos do suposto comportamento inapropriado de Silvio Almeida contra Anielle Franco.
Segundo apurou a coluna, o assunto já chegou há cerca de 15 dias à cúpula da Controladoria-Geral da União (CGU), ministério responsável por lidar com casos de assédio moral e sexual dentro do serviço público federal.
Conforme revelou a coluna Guilherme Amado, no Metrópoles, a organização Me Too Brazil, que acolhe vítimas de violência sexual, foi procurada por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados por Silvio Almeida.
O Me Too confirmou à imprensa nesta quinta as denúncias contra Almeida. O movimento disse, porém, não poder revelar os nomes das vítimas sem consentimento delas. Segundo a organização, todas as vítimas pediram anonimato.
Segundo apurou o Metrópoles, os supostos episódios de assédio a Anielle incluiriam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a Anielle expressões chulas, com conteúdo sexual. Todos os episódios teriam ocorrido no ano passado.
Procurada, Anielle não quis comentar. Almeida, por sua vez, emitiu uma nota dizendo repudiar “com absoluta veemência” as denúncias e negando os supostos assédios sexuais. O ministro argumentou que as acusações são uma perseguição contra ele.