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Defesa revogará medalha a sargento que tentou reaver joias de Bolsonaro

Após coluna revelar o fato, Ministério da Defesa decide revogar portaria que concede medalha a sargento que tentou reaver joias de Bolsonaro

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José Cruz/Agência Brasil
O ex-ministro do TCU, José Múcio Monteiro, durante sessão em plenário. Ele olha sério para frente, usando terno, e aparece segurando papéis - Metrópoles
1 de 1 O ex-ministro do TCU, José Múcio Monteiro, durante sessão em plenário. Ele olha sério para frente, usando terno, e aparece segurando papéis - Metrópoles - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Defesa informou à coluna, na tarde desta terça-feira (28/3), que vai revogar à medalha concedida ao primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva.

Trata-se do militar que foi destacado por Jair Bolsonaro para tentar reaver as joias dadas pela Arábia Saudita ao ex-presidente e que acabaram apreendidas pela Receita Federal.

A decisão da pasta veio após a coluna revelar que o Ministério havia incluído o nome de Jairo numa lista de 196 militares e personalidades civis agraciadas com a chamada “Medalha da Vitória”.

Segundo informações do site da pasta, a honraria é concedida àqueles que contribuíram para “difusão dos feitos dos ex-combatentes durante a Segunda Guerra Mundial”.

“O Ministério da Defesa informa que revogará a portaria GM-MD número 1.811, de 27 de março de 2023, que trata da lista de agraciados com a Medalha da Vitória, por conter indicações propostas por autoridades não relacionadas no artigo 7º do regulamento da Medalha da Vitória.”, informou a pasta à coluna, em nota.

Indicação da Presidência

Sob reserva, fontes do Ministério da Defesa informaram que a indicação do nome do Jairo para a medalha havia sido feita pela Presidência da República durante o governo Bolsonaro.

O artigo 7º do regulamento da Medalha da Vitória, no entanto, não prevê o presidente da República no rol de autoridades que podem sugerir indicados para a honraria.

Histórico

No governo Bolsonaro, o sargento trabalhou na Ajudância de Ordens do então presidente. Após a posse de Lula, o militar foi designado para ficar “à disposição” do Ministério da Defesa.

Em portaria do dia 15 de março, no entanto, a pasta devolveu Jairo para a Marinha, como noticiou a coluna. Segundo auxiliares de José Múcio, embora estivesse à disposição, Jairo nunca chegou a trabalhar de fato na pasta.

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