Defesa de Bolsonaro atua para evitar que TSE adie julgamento da chapa
Articulação para adiar análise vinha sendo liderada pela ala política do Planalto, que tenta evitar que o corregedor do tribunal dê seu voto
atualizado
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A defesa do presidente Jair Bolsonaro atua, nos bastidores, para evitar que algum ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) peça vista e adie o julgamento das ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Hamilton Mourão, marcado para começar nesta terça-feira (26/10).
A articulação para o adiamento vinha sendo liderada por integrantes da ala política do governo. O objetivo seria evitar que o ministro Luis Felipe Salomão, atual corregedor da Corte, proferisse seu voto sobre o caso. O mandato de Salomão no TSE se encerrará na próxima sexta-feira (29/10).
Nesta segunda-feira (25/10), porém, advogados de Bolsonaro procuraram integrantes do Palácio do Planalto para argumentar que o adiamento não traria “ganho nenhum”. Para a defesa, a tendência é que a maioria dos ministros do tribunal rejeite a ação e, por isso, o melhor seria “encerrar” as atuações o mais rápido possível.
Advogados de Bolsonaro também explicaram a integrantes do governo que Salomão deverá proferir seu voto de qualquer jeito. O argumento é que nenhum integrante do TSE oriundo da advocacia vai querer “comprar briga” com Salomão, considerado um dos ministros mais influentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em outra estratégia, a defesa do presidente da República também marcou reuniões com ministros do TSE para esta segunda e terça, antes do julgamento. Nos encontros, os advogados de Bolsonaro defendem que a sessão ocorra ainda nesta semana, como previsto.