A cúpula da CPI da Covid-19 pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que concentre a análise do relatório final da comissão. Para senadores do colegiado, a ideia de Aras de “fatiar” os pedidos do documento entre outras instâncias do Ministério Público Federal (MPF) é ruim e pode atrasar o andamento das investigações.

O assunto foi discutido pela cúpula da CPI em uma reunião na manhã desta quarta-feira (27/10), antes de o grupo ir à sede da Procuradoria-Geral República (PGR) para entregar o relatório final a Aras. Senadores da comissão prefere que o texto final do documento seja analisado de forma unificada pelo procurador.

A ideia de Aras é que a PGR análise apenas os pedidos de indiciamento de autoridades com foto privilegiado, como o presidente Jair Bolsonaroe de seus ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Onyx Lorenzoni (Trabalho), Wagner Rosário (CGU) e Braga Netto (Defesa).

É o caso também dos dois filhos do presidente com cargos no Legislativo: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), que também tiveram pedido de indiciamento no relatório final aprovado.

Em relação aos outros nomes que não possuem foro privilegiado, a ideia de Aras é remeter o relatório da CPI para o Ministério Público Federal nos estados.