CPMI: governistas reconhecem possibilidade de não votar mais nada
Governistas da CPMI do 8/1 não querem novos acordos e acreditam que convocações já aprovadas são suficientes para reta final da comissão
atualizado
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Com dificuldades para aprovar novos requerimentos na CPMI do 8 de Janeiro, a bancada governista na comissão já trabalha com a hipótese de que nenhuma outra convocação seja aprovada no colegiado.
Segundo aliados de Lula, a ideia é não fazer acordos com a oposição e marcar para a reta final da CPMI apenas as convocações já aprovadas pelo colegiado, sem novas concessões aos bolsonaristas.
Como mostrou a coluna, o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), quer chamar uma nova sessão deliberativa apenas quando for fechado um acordo entre governo e oposição para votação de requerimentos.
Sem isso, o próprio Arthur Maia reconhece para aliados que não votará novas convocações, já que isso significaria entregar o rumo do colegiado aos governistas, maioria na CPMI.
Prioridades da CPMI
O principal depoimento aguardado é do tenente-coronel Mauro Cid, que já teve sua segunda convocação aprovada pela comissão de inquérito.
Entretanto, os governistas apontam que há uma série de outros militares já convocados pela CPMI que serão ouvidos. Por exemplo, o tenente Osmar Crivelatti, que fazia parte da ajudância de ordens de Jair Bolsonaro.
Caso consiga aprovar mais requerimentos, a oposição deve priorizar o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sergio. Com mostrou a coluna, ele virou alvo prioritário dos governistas após a oitiva do hacker Walter Delgatti.