CPMI: Sem acordo, Mauro Cid deve escapar de 2º depoimento
Sem acordo com o presidente da CPMI do 8/1, Arthur Maia, governistas admitem que Mauro Cid não deverá ser ouvido novamente na comissão
atualizado
Compartilhar notícia
Sem acordo entre base aliada e oposição, o tenente-coronel Mauro Cid deve escapar de um segundo depoimento à CPMI do 8 de Janeiro no Congresso Nacional, cujo requerimento já tinha sido aprovado.
Nos bastidores, governistas já admitem que não há acordo com o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), para que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro seja ouvido novamente.
A falta de acordo decorre da resistência de governistas em fazer concessões à oposição em troca de um novo depoimento de Cid na reta final dos trabalhos, como deseja o presidente da comissão.
Na terça-feira (3/10), Arthur Maia tentou votar um requerimento para convocar Sandro Augusto de Sales Queiroz, que era comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional no 8 de Janeiro.
Os governistas, entretanto, votaram contra o pedido de convocação, que não acabou não aprovado. Sem atender o pedido da oposição, a tendência é que o presidente da CPMI não realize mais oitivas.
Relatório final da CPMI
Como mostrou a coluna, a bancada do governo na comissão admite que o relatório final do colegiado terá mais efeito político do que jurídico, dando respaldo para as decisões do STF sobre o 8 de Janeiro.
Com base nessa avaliação, os próprios parlamentares petistas admitem que novos depoimentos não são necessárias para a confecção do relatório final da CPMI pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).