CPI do Orçamento Secreto empaca no Senado
Senador Randolfe Rodrigues conseguiu coletar apenas 15 das 27 assinaturas mínimas necessárias para instauração da CPI do Orçamento Secreto
atualizado
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A articulação para a instalação da CPI do Orçamento Secreto empacou no Senado. Buscando apoio dos colegas desde novembro, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse à coluna só ter conseguido, até agora, 15 das 27 assinaturas mínimas necessárias para instauração da comissão parlamentar de inquérito.
O parlamentar admite enfrentar dificuldade para conseguir apoio entre os demais senadores para investigar o tema. Ele promete, contudo, insistir com seus pares na volta dos trabalhos legislativos após o recesso de final de ano. O Congresso retomará as atividades no início de fevereiro.
A proposta de Randolfe é que a CPI investigue o uso das chamadas emendas de relator do Orçamento da União para cooptar apoio parlamentar ao governo Jair Bolsonaro no Congresso. A comissão atinge especialmente o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), principal fiador do Orçamento Secreto.
Senadores também são beneficiados pelas emendas de relator. Conforme revelou o jornal o Estado de S. Paulo em 2021, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, fez indicações para destinar R$ 277 milhões.
Randolfe também busca apoio dos senadores para a abertura de uma nova CPI da Covid-19. Como adiantou à coluna, ele quer investigar as ações e omissões do governo desde novembro de 2021, incluindo o boicote à vacinação de crianças e as ameaças aos técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária0.