CPI da Covid já planeja estratégia política para depois do relatório final
Ideia é criar “fatos políticos” com o relatório final, cuja apresentação está prevista para ocorrer até 16 de setembro
atualizado
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Senadores do grupo majoritário da CPI da Covid-19, o chamado G7, querem manter a comissão em evidência no cenário político, mesmo após o encerramento dos trabalhos do colegiado. A ideia é criar “fatos políticos” com o relatório final, cuja apresentação está prevista para ocorrer até 16 de setembro.
Um desses “fatos políticos” seria fazer um ato simbólico de entrega do documento à Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão tem a prerrogativa de decidir se denuncia formalmente, ou não, os políticos com foro privilegiado indiciados pelo relatório final.
Outro fato político planejado seria fazer uma entrega simbólica do documento ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Caso o presidente Jair Bolsonaro seja indiciado pela CPI e denunciado pela PGR por crime de responsabilidade, caberá à Câmara julgá-lo.
Senadores avaliam até mesmo viajar a Haia, nos Países Baixos, para levar o relatório final da comissão ao Tribunal Penal Internacional. Isso só ocorrerá caso o parecer final do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), indicie o Bolsonaro por crime contra a humanidade.