Um dos principais cotados para ser indicado por Lula para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), o subprocurador Paulo Gonet já foi bastante elogiado por bolsonaristas.

Os elogios foram feitos em 2019, quando nomes como a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) tentaram convencer Jair Bolsonaro a indicar Gonet como procurador-geral da República.

Uma das deputadas mais próximas do ex-presidente, Kicis levou Gonet para uma conversa com Bolsonaro em agosto de 2019. Ela e Gonet foram colegas de faculdade na UnB (Universidade de Brasília).

“Paulo Gonet é conservador raiz, cristão, sua atuação no STF nos processos da Lava Jato foi impecável. Ele não tem capivara. E o fato de ter sido sócio de Gilmar Mendes no IDP em nada interferiu em sua atuação profissional”, afirmou a deputada à época.

Anos depois, porém, Gonet deu parecer favorável à condenação de Bolsonaro pelo TSE por abuso de poder político na campanha eleitoral de 2022, julgamento que tornou o ex-presidente inelegível.

Sob o governo Lula, os principais apoiadores da indicação de Gonet como sucessor de Augusto Aras na PGR são os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

O principal adversário de Gonet na disputa é o também subprocurador Antônio Carlos Bigonha, nome preferido pelos petistas e pela ala progressista do governo para a PGR.