Cortejada por Lula, Marta tira 30 dias de férias da Prefeitura de SP
Marta Suplicy tirou 30 dias de férias de cargo na Prefeitura de São Paulo em meio à negociação com Lula para ser vice de Guilherme Boulos
atualizado
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Cortejada por Lula para voltar ao PT e ser vice de Guilherme Boulos (PSol) em 2024, Marta Suplicy decidiu tirar 30 dias de férias do cargo de secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo.
As férias de Marta começaram na sexta-feira (15/12), um dia após ela ter uma conversa com auxiliares do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), principal adversário de Boulos na eleição de 2024.
Como noticiou a coluna, Lula ligou para Marta em 12 de dezembro, convidando a ex-senadora a se refiliar ao PT para ser candidata a vice-prefeita de Boulos no próximo ano. A ligação foi intermediada por um deputado petista.
Na avaliação de aliados de Boulos, ter Marta como companheira de chapa ajudaria o deputado do PSol a amenizar as críticas de que ele não tem experiência para administrar a maior capital do Brasil.
Marta governou São Paulo de 2001 a 2005, quando ainda era filiada PT. A gestão dela ficou marcada por iniciativas até hoje vigentes. Entre eles, o Bilhete Único e os Centros Educacionais Unificados (CEUs).
A ex-prefeita, no entanto, também foi alvo de críticas por reformular impostos existentes e criar novas taxas, como a “taxa do lixo” e a “contribuição para custeio da iluminação pública”.
Nunes não desistiu de Marta
Mesmo com a investida de Lula, Nunes não desistiu de Marta. A avaliação é de que o apoio da ex-senadora ajudaria a neutralizar o peso que o apoio de parte do bolsonarismo traz para o atual prefeito.
Marta foi filiada ao PT por mais de 30 anos e é conhecida nacionalmente por ter posições mais progressistas, em defesa de temas como o direito ao aborto, tema espinhoso para o conservadorismo.