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Coronel que atuou no GSI de Bolsonaro será “diretor” da segurança de Lula

Novo diretor do Departamento de Segurança Presidencial de Lula chegou ao GSI nomeado por general de confiança de Jair Bolsonaro

atualizado

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
1 de 1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, o general Marcos Antonio Amaro escolheu como diretor do Departamento de Segurança Presidencial da pasta um coronel que fez parte do GSI no governo Bolsonaro.

O coronel Laurence Alexandre Xavier Moreira foi nomeado para o cargo nesta sexta-feira (19/5). A portaria com a nomeação é assinada pelo chefe de gabinete do general Amaro no GSI, Marco Aurélio de Andrade Lima.

Moreira começou a atuar no GSI no último ano do governo Bolsonaro. A nomeação foi publicada em março de 2022 e era assinada pelo general Paulo Sérgio Nogueira, então comandante do Exército.

O coronel sempre atuou lotado em Brasília. Ele foi um dos militares que continuou no GSI não só depois da posse de Lula, como após a troca do general G. Dias por Amaro no comando da pasta.

Gabinete de Eduardo Villas Boas

Antes do GSI, Moreira trabalhou com outro general próximo a Bolsonaro. Moreira foi oficial no gabinete de Eduardo Villas Bôas entre 2017 e 2018, período em que o general era comandante do Exército.

Após deixar o gabinete de Villas Bôas, o coronel foi designado ainda em 2018 para ser adido do Exércio junto à embaixada do Brasil na Indonésia, posto que ocupou até julho de 2020.

Experiência anterior

Em nota, o GSI ressaltou que o coronel é um “destacado oficial” e que já integrou o Departamento de Segurança Presidencial do órgão durante o primeiro e o segundo mandatos de Lula no Planalto.

A pasta destacou ainda que, durante a gestão Bolsonaro, o militar estava lotado na Abin (Agência Brasileira de Inteligência). O órgão, que era vinculado ao GSI, está hoje subordinado à Casa Civil.

“Pelas suas qualidades pessoais e profissionais, foi designado para exercer a função de diretor do Departamento de Segurança Presidencial, principalmente pela experiência adquirida no período de 2004 a 2007”, diz o GSI na nota.

PF x GSI

A nomeação de Moreira incomodou a cúpula da Polícia Federal, que trava uma guerra fria com o GSI, nos bastidores, pelo comando da segurança de Lula.

Desde 1º de janeiro, a função cabe à PF, que criou uma secretaria especial extraordinária. A pasta, no entanto, tem prazo para ser extinta: 30 de junho de 2023.

Segundo ministros do Planalto, Lula já teria decidido passar o comando de sua segurança de volta ao GSI. A cúpula da PF, no entanto, diz desconhecer essa decisão e ameaça retirar seus homens, caso perca o controle.

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